terça-feira, 13 de junho de 2017

Amor problemático, resignado e abusivo


Ontem o dia foi recheado, coberto e enfeitado de amor. No Facebook, Instagram, na rua e pra qualquer lugar que você olhasse. Acho bonito, sou dessas. 


Teve também dor de cotovelo? Sempre. De quem até pouco tempo atrás estava amando, gritando aos 4 ventos e hoje dá indiretas e diz que prefere não amar nunca mais (ao menos até o próximo fim de semana). Desculpa se você é assim, mas acho boring.
Amor é pra ser vivido, pra ser experienciado e não reprimido. "Não nasci pra amar", "o amor não foi feito pra mim", blá blá blá e mais churumelas até encontrar alguém novamente e mergulhar de cabeça. Mas qual o problema de mergulhar de cabeça, quebrar a cara e fazer tudo outra vez? Só assim a gente aprende, só assim a gente vive o amor na sua essência. 
São diversos os tipos de amor e todos os dias a gente vê um e aprende a respeitá-lo. Mas de todos, sabem qual o pior? O problemático, o resignado. 
Ontem, no encontro de casais (desistimos do jantar romântico e fomos a um barzinho com dois casais de amigos), falamos desse tipo de amor e de como ele é dor, sofrimento, mágoa e tristeza. O triste desse tipo de relacionamento é quando há mais de uma pessoa envolvida e não falo do (a) amante. Falo dos filhos.
Vivi de perto um relacionamento assim (o dos meus pais) e é extremamente triste ver duas pessoas que não se amam mais dividir o mesmo teto, dividir o dia a dia, a rotina. É triste pra eles, é triste pra mim e pra minha irmã que vimos. Mas ao contrário do que vivemos (eu e minha irmã), acreditamos no amor, nos fortalecemos nele e encontramos pessoas que amamos de igual pra igual, que nos fizeram crescer. 
Com o tempo meus pais fizeram suas escolhas e hoje vivem cada um como acham melhor. Ainda vejo alguns erros (mas cada um é cada um), mas vivem da maneira que melhor lhe satisfaz.
O triste é que nem todos terminam assim, como eu e minha irmã. Há quem veja traição e reage da mesma maneira. Há quem veja a mãe apanhando e baterá igual na sua esposa no futuro. Há quem aguenta de um tudo do marido (ou da esposa) só pelos filhos, mas mal sabem eles que os filhos sentem tudo, veem tudo e poderão repetir tudo quando estiverem em um relacionamento. Esse é o amor problemático, o amor resignado e, muitas vezes, o amor abusivo.
Só sair quando o outro (a) deixa ou só quando ele estiver junto, não expressar uma opinião sincera por receio, ser reprimido, ser fiscalizado, ser ignorado e outras coisas do mesmo gênero, não é amor.
Aceitar um amor problemático não é ser resignado. Aceitar um amor problemático é doença. 
Amor é pra ser simples, é pra te fazer aprender e reaprender sempre. 


Não quero dizer que sou a dona da razão no assunto, longe de mim. Eu e meu marido aprendemos todos os dias um com o outro. Por muitas vezes via outros relacionamentos e, por não ter algo parecido, achava que faltava algo no meu. Aprendi que amar é compreender o outro e respeitar. Aprendi a ver o melhor na gente e aproveitar. Aprendi que todos os relacionamentos são diferentes e, se sinceros, leais e claros para ambas as partes (sem ferir ninguém) são uma forma de amar. 


Não sei se disse de maneira clara sobre o assunto, mas apenas pra resumir: se está bom pra você e pra ele, ótimo. Se é levado de qualquer jeito, com dor, sofrimento e diversos pesares, não está certo. Não se resigne, não sofra por um bem maior, pois ele não existe. Amar o outro é, antes de mais nada, amar você. Respeitar você. 

domingo, 4 de junho de 2017

Logo vem o arco-íris

Há semanas eu ensaio um post e sempre me dá preguiça. Confesso! Sorry pela falta. Queria falar tanta coisa, mas essas tantas coisas precisam de boa vontade e cabeça fresca pra serem escritas. 
Vejo tantas blogueiras escrevendo sobre batom, shampoo, look, ponto turístico e tal e só consigo pensar: tem que ter disciplina. Como tudo na vida.
Disciplina pra se exercitar, pra se alimentar bem. Disciplina pra estudar, pra ler, pra escrever. Disciplina pra tudo. E eu ando tão indisciplina que fica difícil manter a cabeça no lugar pra qualquer coisa que seja.
Minha cabeça anda meio caos nos últimos tempos. Venda de casa. Procura casa. Rolo pra vender a casa. Aceitar palpites de quem dá opinião sobre procura de casa. Vai dar certo. Será que vai dar certo? Sonho que estamos mudando pra uma casa. A casa era horrorosa. Sonho que tá brigando com a mãe. Sonho que a casa é assaltada de novo. Fico ansiosa. Choro sozinha. Durmo. Como. Como mais e viro uma  baleia. Desfoco dos cuidados pessoais. Preciso voltar a comer e me exercitar igual antes. Falta foco. Falta força de vontade. Sobra vontade de gritar e chorar. 
Sou esponja. Absorvo tudo ao meu redor. Guardo, mas também falo na cara tudo o que preciso (não ao ponto de ser mal educada). Guardo mágoas, sofro com isso e, consequentemente, fica pouca gente pra contar de verdade.
Compartilho pouca coisa com pouca gente. Aprendi a esperar acontecer pra contar. 


Acredito em energia e, querendo ou não, muita coisa a gente fala esperando reações positivas e muitas vezes vêm a negativa e acaba melando tudo. Ou seja, fico quieta, morrendo de ansiedade até esperar acontecer.
Enfim, tô nessa onda agora. Me esforço pra manter o pensamento positivo, mas tem hora que desanima. 
Acho que blog de gente de verdade é isso né? Desabafo, troca de ideias, vida real. Nem só de merchan, presente e coisas lindas vivem as pessoas. As de verdade, pelo menos.
Não estou dizendo que tá tudo dando errado. Penso que tudo que acontece (ou deixa de acontecer) tem um porquê. Tudo é aprendizado, só precisamos enxergar do ângulo certo.
Não tô dizendo que os 30 chegaram pra causar tá? Acredito que a gente só consegue medir as coisas que acontecem porque a maturidade chegou e a gente aprende a lidar com todos os medos, anseios e receios (seja comendo ou dormindo, mas ainda é melhor que xingar o mundo).
Os 30 têm sido bons pra mim, só a ansiedade e o medo de algumas coisas que vieram com eles que não. Mas vai passar, eu sei que vai.


E quando melhorar, eu volto pra escrever algo mais positivo e menos chorumela. :)